domingo, 30 de setembro de 2012

Inculturação da média



Reta-angulo: Solda.

Inculturação da média 

A mídia comanda a massa.
A massa vira média.
A merda vira arte e a arte vira...
Sabe se lá... O que Deus quiser;
Deus... Não, não o rebaixemos à alguns.

A incompreensão engessa a razão,
que sem razão ou com razão, emudecida,
(pois há sempre alguém com essa razão),
Passamos todos pelados pela vida.
O que é ter cultura se não uma vestimenta da nação!


"A massificação procura baixar a qualidade artística para a altura do gosto médio. Em arte, o gosto médio é mais prejudicial do que o mau gosto... Nunca vi um gênio com gosto médio.(Ariano Suassuna)"

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O primeiro






O primeiro



Quando fiquei só pela primeira vez,
eu morri tanto que perdi os cheiros
das flores e suas cores.
Mas resiliente, escondido na transparência
da folha de celofane – que era minha alma -,
voei em busca de uma mão para assentar;

e agora, por todos os lados que olho
as flores estão sorrindo, permitindo
lhes dizer: Amar, às vezes, é indefinível...
Adeus adolescência!


ZéReys - poeta do profundo.


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Por acaso



Por acaso

Eu não quero te dar definições de mim.
Mas é certo que eu queria que soubesses
lidar com essa poesia humana que sou.
Poeta tem que ser imprevisível
para que te arranques o desumano que não seja.
Pois quando, assim se torna, está morta
a tua essência criativa de amar.
Eu queria tua compreensão desvencilhada
do desumano, por que diante deste
ser imperfeito que sou eu,
preciso do teu humano menos imperfeito.
É certo que amamos.
Certo que talvez ame mais.
Certo que te ame tanto.
Certo que nos amamos quanto.
Tudo é certo e por certo nada seja,
queremos mais, mas o mais acaba com
o que temos, por que a insaciabilidade,
é um horizonte efêmero.
É um passo atrás diante do da frente.
Eu não quero ser definido,
apenas um homem diante de uma mulher,
um poema de alguma poesia humana,
desta mesma fêmea que me quer...
E eu não queria te dar nenhuma definição de mim,
não hoje... Mas enfim, quem sabe acredite nisso...


Além de tudo






Além de tudo

Eu queria não te poetar e até te mentir, me calar, mas as estrelas... sabe...me disse não poeta, não.. Não nos apague.
Elas sempre foram soberanas musas, brilhantes e lindas.

E como te amo e a luz é feita do amor não pude ouvi-las.
Acende-te como o sol, mesmo sem ter sol algum.
Às vezes penso que não são teus olhos que são miragens, nos confins.

Queria muito, misturar teu sal com minha ternura,
que a experimentasse na noite ou na brancura do dia.
Que sentisse em tua pele, a minha suavidade branda.

Que deixasse escorregar meus lábios por teu corpo,
que me adivinhasse noite, que descansasse sobre meu peito,
como se saísse do açoite, como se chegasse de viagem....

Eu queria não te poetar como um poeta vê a musa.
Mas como mulher que me faz homem, como alma de mim.
Eu queria mesmo que o amor, não me fizesse piegas assim...

ZéReys – poeta do profundo.

O colo


“Eu já me senti passarinho,
até que me vi fora do ninho,

mas ai ganhei teu colo...”




ZéReys – poeta do profundo.
Boa noite!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

RENASCER SER

Renascer ser

Hoje eu vi Deus sentado em uma nuvem de algodão. 
De Teus olhos escorria um pingo de chuva sem trovão,
era imenso e se verteu em torrencial temporal.
Derramava sobre minha fé...

Vi que ele chorava por mim, teu Filho, e tão insuficiente.
Percebi que chorava pela razão de tua justiça,
senti que os teus braços cruzados diante da injustiça que sofria, era justa. 
Não tanto pela minha insuficiência...

Desculpei-me com Ele também em pranto, e Te implorei Tua luz,
para que eu pudesse suportar, sorrir, perdoar, me perdoar,
e pedir perdão a quem, sem saber, neste momento, me fazia sofrer. 
Isso era algo meu certamente...

Entendi que eu não sofria deliberadamente, e que também,
não era deliberadamente que me faziam sofrer,
nem que sua justiça era uma má justiça, mas que apenas era
algo bom que me doía tanto, a ponto, de me deixar desesperar...

Hoje em meio a tempestade de Teus olhos, Deus me fez entender,
por Tua misericórdia, a crucificação de meu coração, talvez por tudo isso, 
Deus também entenda que o sofrer se findou.
Eis que talvez, surja depois desta tempestade, a felicidade.

Quem sabe, de ora em diante, a felicidade seja verdadeira.
Ou será que a felicidade é um momento diáfano de um clique de câmera, 
ou uma profunda revitalização do coração, cuja emoção reflete-se em risos verdadeiros... 
Eis ai... Talvez, a felicidade!

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-

O trabalho RENASCER SER de ZéRerys - poeta do profundo foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em
http://www.facebook.com/zedosreys.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença em zedosreys@gmail.com

ANGÚSTIA BÊBADA


Angústia bêbada 

Minha alegria anda bêbada e temo por 
ensandecer meu sexo.
Há tantas ruas desvairadas a minha frente, 
e becos escuros e quintais com muros 
e lugares anexos e escusos com luzes de neon piscando,
como os antigos infernos de chamas crepitando.

Há uma queima de enxofre nos faróis dos carros,
agregados a felicidades fictícias, e o sarro é
que até os espermas fedem a couros recém curtidos.
Há tantas vulgaridades que eles decidiram parlamentar,
a profissão mais antiga – dizendo-se pessoas amigas.
Talvez haja algum que ainda tenha mãe para zelar!

Há tantas preocupações para tentar, talvez,
preservar a família deles.
(Não que eles sejam filhos daquilo ou de outra),
mas apenas filhos desesperados, separados,
nem são de prostíbulos ou de prostitutas,
embora, filhos da puta, também sejam filhos.

Eu temo por não suportar a liberalidade da promiscuidade.
Andam saltando cadáveres, como corrida de obstáculos,
o que talvez defira é que aqui não vemos a faixa de chegada
e nem há troféus para os Morais ou aos Vinícius,
mas precipícios da moral à legalidade, e assim,
tudo está para todos, devidamente regulamentado.

Se matarmos com a legalidade, a moralidade,
haverá de existir para todos, inclusive ateus, um grande Deus.
Ou Sodoma e Gomorra será apenas uma piada bíblica,
que nem mais cabe em botecos, como parâmetro.
Estamos de segunda a sexta, ensandecidos de sexo
e alegrias bêbadas, que a nossa sobriedade anda séria...

-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-

O trabalho ANGÚSTIA BÊBADA de ZéRerys - poeta do profundo foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível emhttp://www.facebook.com/zedosreys.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença em zedosreys@gmail.com.