Inoportuno vento
(Poema da pagina 44 de meu
livro – Fogo água - lançado em 2005, pela Universidade de letras do Paraná –
Sem tiragem comercial).
E disse-me o vento ao roçar
nos meus cabelos;
Com dedos frios da saudade do
momento, e
que o tempo parecia nem ao
menos se importar,
mas que embora, frio e
indiferente de emoção,
trazia-me certo doce beijo,
vindo neste frio e inoportuno
vento,
Falar-me de certo abraço
quente de emoção.
Atiçou minha saudade este
invisível vento,
agora, mais ainda e
novamente.
Como se quisesse remeter-me
aos seus braços,
que esta saudade nem sei onde
residia em mim,
por tanto tempo... Por tanto
tempo!
E sem tempo de discernir
minha razão prudente,
Tive vontade de dizer que
ainda te amava.
E disse então ao vento
inoportuno,
siga em fim o seu destino
e leva-me contigo num
sorriso.
Leva-me assim espectral e impreciso,
Toca seus cabelos com esse
beijo de vento,
...Mesmo que a ela, não
desperte essa saudade,
ou esta mesma vontade, de
dizer do nosso amor...
ZéReys – poeta do profundo.
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A fé de uma pessoa está relacionada com aquilo que ela mais precisa, pois em caso contrário, ela não precisaria de nada.
ZéReys.