sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

INOPORTUNO VENTO



Inoportuno vento

(Poema da pagina 44 de meu livro – Fogo água - lançado em 2005, pela Universidade de letras do Paraná – Sem tiragem comercial).

E disse-me o vento ao roçar nos meus cabelos;
Com dedos frios da saudade do momento, e
que o tempo parecia nem ao menos se importar,
mas que embora, frio e indiferente de emoção,
trazia-me certo doce beijo,
vindo neste frio e inoportuno vento,
Falar-me de certo abraço quente de emoção.

Atiçou minha saudade este invisível vento,
agora, mais ainda e novamente.
Como se quisesse remeter-me aos seus braços,
que esta saudade nem sei onde residia em mim,
por tanto tempo... Por tanto tempo!
E sem tempo de discernir minha razão prudente,
Tive vontade de dizer que ainda te amava.

E disse então ao vento inoportuno,
siga em fim o seu destino
e leva-me contigo num sorriso.
Leva-me assim espectral e impreciso,
Toca seus cabelos com esse beijo de vento,
...Mesmo que a ela, não desperte essa saudade,
ou esta mesma vontade, de dizer do nosso amor...

ZéReys – poeta do profundo.

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ZéReys.