domingo, 24 de março de 2013

OLHANDO PROFUNDAMENTE

Olhando profundamente

Às vezes me pergunto,
Diante das minhas inumanidades:
Quando terei alguém para me
Retornar à humanos?!
E assim olhando,
Por tudo, por volta,
Por todos, nada vejo.

Só mãos e pés e braços atados
Aos afazeres que nada
Dizem de humanos!
Só humanos seres desumanos,
A serem por si mesmos
Os humanos que podem ser,
Até que não mais podem.

E onde estará a força
Que se junta para comprimir
E solidificar o invisível?
E onde estará a minha força...
Na esperança, na utopia,
No vazio da crença, no pseudo-poder,
Na satisfação da ilusão?

Em geral ficamos assim,
Pelo egoísmo de não ficarmos sozinhos.
E este mesmo “demônio”, que nos diz.
“Tirem proveito ou serão aproveitados”
Não tem soluções,
Quando todos, como hoje,
Estão do outro lado
E do mesmo lado.

Amar ao próximo quando não é você mesmo
Que precisa ser amado, de fato, é mais fácil.
Às vezes ficamos apegados a
Um condicionamento conveniente.
E quando será que teremos esta outra propriedade...
Devo responder-lhe:
“Quando puderes esquecer-se de si mesmo...”.


O PARÂMETRO

O parâmetro

Para basear o meu modo de amar em amar,
achei que devia embasar no modo, que acredito,
e me incomodo em saber, de que forma Deus possa me amar.

Para tanto, no entanto, eu devia reconhecer este amor de forma clara,
sob todos os aspectos. Pois somos propensos e cínicos em criar conceitos
que nos satisfaça ao ego, mais que a clareza da verdade. - esforcei-me.

Lembrei-me do livre arbítrio, onde as nossas vontades estão
presas as consequências dos atos. Onde os atos muitas vezes,
avessos às nossas vontades, reagem, e, ainda assim, existe o preço a pagar.

Percebi, entretanto, que ao ar não são auferidos preços.
Vi que não fui dono de meu começo e que a vida é um bem inestimável
e que embora valha mais que um imóvel, era de graça que me foi dado.

Reconheci que toda a natureza exuberante era de beleza,
Estonteante e imensurável, mas que eu teria que ter olhos
para ver, para sentir, emocionar, e eu os tinham.

Entendi, que existem os atos coletivos e os individuais, que muitas vezes,
esses somados com outros, se tornam, também, coletivos; que por isso,
as atitudes deixam de nos pertencerem e resultam em grandes intempéries.

E conclui: O amor de Deus é também severo. Não há um Deus que passará a mão em minha cabeça. Voltando-me a mim, devo de ser assim, pensei, e, dizer ao meu amor:
A razão de ser do quanto a amo está intimamente ligado ao quanto por ti me importo.

ZéReys – Poeta do profundo

sábado, 23 de março de 2013

FAÇA-SE UM DEUS

Faça-se um deus.
(Crônica poética)

Duas coisas, duas generosidades: A palavra e a inteligência.
Entretanto, Deus, parece não gostar muito de falar.
Também, para quê, Ele falar... Deu-nos a inteligência!
Não é assim que gosta de pensar?

E ainda como coadjuvantes: a língua e a voz.
Quem parece gostar de gritar, somos nós,
E os deuses, que ora ou outra, batem no peito fazendo tremer a terra,
Derrubar moradias, exterminar alegrias e nos pôr a correr.

Chacoalha as águas fazendo os mares abraçar cidades.
Estronda nos céus com tanta força que fazem as nuvens chorarem.
E como tudo que se joga para cima tende-se a descer,
Derramam-nos chuvas, ácidas, poluídas, mortais.

Mas tudo parece ter o seu propósito, e, se fossemos mesmos inteligentes
- como nos acostumamos auto-atribuirmos -, e até, arrogantemente,
 dizermos que somos a obra máxima de Deus, somaríamos tudo e  
direcionaríamos isso aos discernimentos de nossa inteligência.

Será que isso não seria a voz, a palavra, a inteligência de Deus, nas “palavras”
dos deuses: Quem sabe realmente, saídos dos contos mitológicos
estes deuses e deusas: Afrodite, Apolo, Netuno, Nêmesis e outros,
não estivessem agora, em representação ao Supremo, nos alertando?

O que a gente tem tido em quantidade e grandeza, hoje em dia, são as doenças:
(Querem apostar que temos hoje, mais nomes de doenças do que palavras
bíblicas na bíblia?)  Os humanos eram para serem heróis e saudáveis,  
seres para viverem quase eternamente, serem MACROBIÓIS.

Os homens, assim como a natureza vegetal, têm aquelas que não crescem
e as que se desenvolvem fáceis, estes seriam os Daímones, os intercomunicadores
com os deuses. Já pensou no deus que você poderia ser? Não, pois pense e
mão às obras, faça de conta que esta condição espiritual, seja sua realização material!

E parem de olharem para as partes íntimas de Apolo, isso foi pura inveja do escultor,
eu sei: Fui a sua reencarnarão naquela época! E veja bem, já naqueles tempos, a inveja tentava matar os predicados dos outros, por isso, alerto, não desanime, pense em ser um deus que consiga fazer o milagre da transformação: fazer deste mundo, um mundo feliz!

ZéReys – poeta do profundo.

quinta-feira, 21 de março de 2013

NO GUME DO CRER

No gume do crer

A resposta de quanto à vida é difícil de viver está no quanto
você permite que as coisas possam manipular seu ego, ou você
usa-o para dosar seu sofrimento ou ele lhe escraviza para o seu
desalento. É dele que vem a vaidade e a ambição desmedida.

As coisas - sabemos -, também, não se manipulam por si mesmos.
Sempre há uma alma humana, ao menos, em seus movimentos.
Os egos têm muitas facetas, põe e retiram as cadeiras, 
lhe leva na brincadeira, mas, na hora das caretas, será a sua no espelho.

O ego é o seu primeiro inimigo da fé e seu primeiro aliado do 
esquecimento, rouba a sua gratidão, apaga a sua bondade, 
sujaseu espírito, enganam seus valores e justifica as suas maldades.
Talvez não consiga matar o seu ego, mas, podes manter sua fé.

ZéReys – poeta do profundo.

FICO MEIO SÓ

Fico meio só

Quando o meu poeta se afasta,
Cansado e vá dormir em minhas entranhas,
Ou se saí e vá se deitar em alguma estrela,
A me espiar com pena de minha dor,
Como se o meu amor fosse faca na face,
A me dizer: Ame. Não reclame.
Tens a quem amar... E não é para chorar;

E eu recordando então das outras dores,
Solidão, meus complexos / amplexos que eu
devia ter e não tive imaginando a tua falta
Que eu ainda nem sabia que seria a tua,
Ou se eu sentiria de fato... Perguntei-me,
Com muita sinceridade, se isso seria amor,
Ou alguma peça do desamor... Silêncio!

Quando eu fico sozinho comigo,
E o meu poeta distraído me deixa a divagar sem versos,
Arquitetando algum poema escondido,
Como se fosse para outros; a sua energização,
Que me acalenta o coração, com voz macia,
Torna-se brisa nos céus e frio em meu peito.
Não posso ser apenas um homem...

Gosto tanto de ser aquilo que o meu poeta me faz,
Pela essência que vem de volta das pessoas.
É isso que deve se chamar divino nos livros sagrados,
Em relação aos poetas. A vida, com seus momentos todos,
Forma uma montanha, como a montanha e seus grãos
De poeira, se formam; assim, o amor, não me é o bastante;
Definitivamente... Eu preciso de meu poeta!

ZéReys - poetap do profundo.

terça-feira, 12 de março de 2013

EXPLICA-SE

Explica-se

Não é que o poeta minta,
Sobre as dores que por ventura, sinta.
É que são duas coisas distintas:
A dor da alma do poeta e a
Que o poema interpreta.
A do poeta expressa a dor que a alma sente,
Mas como as palavras são sólidas
Não se diluem completamente, e os signos
São maleáveis adaptam-se a todo gente,
Parecem não serem verdades,
As dores que deveras sente...

ZéReys - poeta do profundo.

segunda-feira, 4 de março de 2013

NAS DIFERENÇAS




Nas diferenças

A cada vez que eu acordo do meu sonho,
O real é um pesadelo angustiante.
Por que eu me transbordo dos teus olhos -
De formas de luas minguantes -, 
Como se fosse a tua própria lágrima
A chorar por mim, cair depois sobre mim,
Sobre o chão do coração,
Como se este chão fosse à forragem dos
Campos, dos torrões, das folhas das jardinagens...
Lavas escapadas dos vulcões, que me aquece...
Vindas das montanhas do Oriente,
De onde o sol nasce.
Tenho cometido tantos pecados...
Se os são os desejos de amá-la,
Se me invadem os pensamentos de
Tuas curvas e me faltam forças de abandoná-las,
E se de teus seios pequenos, me lembro,
Que combinam com os teus olhinhos orientais.
... Demais, não posso te apagar, jamais,
Os sonhos que me leva neste real,
São os reais, onde te encontro,
Na simples observância dos céus!

ZéReys – poeta do profundo.